sábado, 22 de agosto de 2009

relato de parto na The Farm - judy's stories - parte 1

"(...)My labour started in like a freight train. During the previous week I had already dilated to three centimeters. I had read and heard lots of birth stories on the Farm and was determined that I was not going to complain or be a hassle during labour. I decided to do whatever I had heard would help make labour go faster. Since I had heard that staying loose in the mouth would keep the cervix loose during each intense sensation that came, I grabbed my husband of nine and a half months and kissed him. We didn't just kiss. Our mouths were wide and smooching. The more intense the feelings, the more intense the kissing. It was wonderful. (...)"
in "Spiritual Midwifery"

[Parto de bebé pélvico (primeiro filho), com a duração de 4 horas]

Mais uma vez, reconheço-me neste relato: o parto da Joana também começou de forma rápida. Depois, um mito que existe é que um parto tem duração máxima e que a dilatação tem que ser feita em X horas... Esta mulher estava com 3 centímetros e só entrou em trabalho de parto na semana seguinte... Por causa dessas e doutras, quando foi da moyinha, eu não quis fazer toques a não ser que se achasse absolutamente necessário. Assim não fiquei a pensar se faltava muito ou pouco, além de que esse procedimento é na maioria das vezes doloroso e possível foco de infecções...
Outra situação interessante: as parteiras da Farm aconselham a que a mulher não se "vitimize" durante o parto. Tendo uma atitude mais positiva, o corpo e o parto evoluem de uma forma mais rápida e agradável. Elas acreditam que se a mulher se queixar muito (e queixar pode não ser sinónimo de gritar) ela se vai concentrar nas sensações negativas do parto e isso acaba por lhe intensificar a impressão de mais dor e mais desconforto e pode mesmo atrasar o parto. Uma frase que é recorrente ao longo do livro é que as mulheres devem considerar as contracções como "sensações interessantes que merecem toda a nossa atenção" e que "nos permitem ter o nosso bebé".
Finalmente, acho interessante neste parto como ela integrou o pai no processo, de forma a lhe dar alívio. Já conhecia o mote "quando a boca de cima abre, a de baixo também", e apliquei isso no parto da moyinha através de vocalizações. No entanto, é engraçado pensar que tal pode ser conseguido através de interacção com o companheiro da parturiente. Realmente, se foram aquelas sensações de amor que puseram o bebé lá dentro, faz sentido que o ajudem a sair.

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