
in "Spiritual Midwifery"
[Parto de bebé pélvico (primeiro filho), com a duração de 4 horas]
Mais uma vez, reconheço-me neste relato: o parto da Joana também começou de forma rápida. Depois, um mito que existe é que um parto tem duração máxima e que a dilatação tem que ser feita em X horas... Esta mulher estava com 3 centímetros e só entrou em trabalho de parto na semana seguinte... Por causa dessas e doutras, quando foi da moyinha, eu não quis fazer toques a não ser que se achasse absolutamente necessário. Assim não fiquei a pensar se faltava muito ou pouco, além de que esse procedimento é na maioria das vezes doloroso e possível foco de infecções...
Outra situação interessante: as parteiras da Farm aconselham a que a mulher não se "vitimize" durante o parto. Tendo uma atitude mais positiva, o corpo e o parto evoluem de uma forma mais rápida e agradável. Elas acreditam que se a mulher se queixar muito (e queixar pode não ser sinónimo de gritar) ela se vai concentrar nas sensações negativas do parto e isso acaba por lhe intensificar a impressão de mais dor e mais desconforto e pode mesmo atrasar o parto. Uma frase que é recorrente ao longo do livro é que as mulheres devem considerar as contracções como "sensações interessantes que merecem toda a nossa atenção" e que "nos permitem ter o nosso bebé".
Finalmente, acho interessante neste parto como ela integrou o pai no processo, de forma a lhe dar alívio. Já conhecia o mote "quando a boca de cima abre, a de baixo também", e apliquei isso no parto da moyinha através de vocalizações. No entanto, é engraçado pensar que tal pode ser conseguido através de interacção com o companheiro da parturiente. Realmente, se foram aquelas sensações de amor que puseram o bebé lá dentro, faz sentido que o ajudem a sair.
Sem comentários:
Enviar um comentário