sábado, 10 de outubro de 2009

Primeiras mamas...

Este post é para um casal muito especial, que teve bebé há pouco tempo.
:) Muitos parabéns! Deixo aqui um texto muito útil sobre a amamentação. Se tiverem dúvidas, o melhor é uma conselheira de aleitamento materno...


Problemas frequentes durante a amamentação
A maior parte das dificuldades relacionadas com a amamentação costuma apresentar-se durante os quinze dias posteriores ao nascimento do bebé.

Durante os primeiros seis meses de vida, o leite materno é o melhor alimento para o bebé, dado que contém os nutrientes imprescindíveis para o seu crescimento e desenvolvimento. O aleitamento proporciona, ao mesmo tempo, importantes benefícios para a mamã: além de favorecer e fortalecer o vínculo com o seu filho, contribui para acelerar a recuperação pós-parto. Devido a tratar-se de um processo natural, a amamentação não tem que ser dolorosa nem acarretar dificuldades. Pelo contrário, deveria resultar numa experiência agradável. No entanto, às vezes podem surgir inconvenientes. Seguidamente, descreveremos alguns dos problemas mais frequentes e explicamos-lhe como solucioná-los.

Dor nos mamilos

É um dos problemas mais comuns, mas felizmente pode prevenir-se. Como? Alimentando frequentemente o bebé e adoptando a posição correcta durante a amamentação. No entanto, é preciso distinguir a dor que aparece no início da colocação ao peito daquela que se apresenta de forma contínua durante toda a toma. No primeiro caso, deve-se a que o bebé suga quando os canais ainda se encontram vazios. Para evitá-lo, é necessário massajar a mama desde a base até à auréola, até extrair um jorro de leite; desta maneira, os canais enchem-se e a dor desaparece. Quando a dor permanece durante toda a mamada, pode dever-se a um ferimento ou greta, originados por uma posição incorrecta. A maneira de solucioná-lo é colocando adequadamente o bebé, de maneira tal que a sua boca abranja toda a auréola, e variando as posições de amamentar. Ao mesmo tempo, ao terminar a toma, convém retirar o bebé lentamente, evitando que se produza vácuo (o ideal é introduzir o dedo entre o mamilo e a boca do bebé).

Mamilos invertidos

Denominam-se assim os mamilos que se retraem ao apertar a auréola. A verdade é que esta característica não representa necessariamente um problema na hora de amamentar, dado que o bebé se prende a todo o peito e não somente ao mamilo. Não obstante, se surgirem dificuldades, existem recursos para aliviá-las.

Congestão mamária

Habitualmente, a congestão mamária produz-se quando o volume do leite supera a quantidade que o bebé consome. No entanto, o peito também podem congestionar-se devido ao entupimento dos canais, ou quando não se esvazia correctamente. Quando estão congestionados, os peitos sentem-se quentes, cheios e pesados. Para aliviar as dores podem aplicar-se compressas frias entre cada toma, e panos humedecidos em água morna na zona da auréola para facilitar a saída do leite alguns minutos antes de amamentar. As massagens de forma circular e a extracção manual do leite também têm muita utilidade. Mas a melhor maneira de solucionar esta complicação é alimentando o bebé com frequência.

Gretas no mamilo

As gretas são pequenos ferimentos ou escoriações que podem tornar-se muito dolorosas. Para preveni-las é fundamental que o bebé se encontre bem colocado ao peito e ir alternando as posições de amamentar. Ao terminar a toma, convém retirar o bebé lentamente para evitar que se produza vácuo.Embora as gretas sangrem, o aleitamento não deve suspender-se, salvo que as dores se tornem muito intensas. Uma medida efectiva é colocar o bebé numa posição que permita prender-se noutro sector do peito. Se a dor for muito forte, dá-se de mamar do outro peito durante 24 ou 48 horas e extrai-se o leite do peito ferido. Se for necessário, pode tomar-se um analgésico do tipo do paracetamol, que é inócuo para o bebé. Para favorecer a cicatrização das gretas convém deixar o peito ao ar. Desta forma, começarão a formar-se as crostas, que se soltarão sozinhas em 5 a 7 dias. Entretanto, o bebé pode continuar a chupar e a sugar sem problemas.

Mamilos gretados: alguns conselhos práticos

  • Aplicar panos húmidos e mornos sobre o peito, para estimular o reflexo da descida do leite.
  • Começar a amamentar pelo peito menos dorido.
  • Amamentar em posição que se torne menos dolorosa. Convém que o queixo do bebé fique paralelo ao eixo maior da greta.
  • Se o bebé adormece seguro ao mamilo, retire-o suavemente.
  • Uma vez finalizada a toma, para lubrificar e suavizar os mamilos, aplique um pouco do mesmo leite e deixe que seque antes de vestir novamente o soutien.
  • Se possível, exponha o peito diariamente ao ar e ao Sol, mas evitando as horas próximas do meio-dia.

Mastite

Chama-se mastite à inflamação da glândula mamária, que se acompanha de ardor, calor e dor intensa. Geralmente, produz-se numa zona determinada da mama, o que quer dizer que não a abrange totalmente, e depende de causas diversas, entre elas: gretas mal curadas e congestões mamárias. Devido a tratar-se de uma infecção, pode provocar febre, prostração, mal-estar geral, e talvez exigir um antibiótico. No entanto, não é necessário interromper a amamentação, embora seja preciso consultar o médico. A melhor maneira de prevenir a mastite é amamentando na posição correcta.

Baixa produção de leite

Muitas mulheres acreditam que não têm leite suficiente e temem que o seu filho não esteja bem alimentado. Esta é uma das principais razões que conduzem ao abandono do aleitamento por completo, ou à introdução – de forma complementar – de suplementos alimentares. No entanto, não é preciso ter uma quantidade exagerada de leite, mas só a necessária para alimentar o bebé.

Existem alguns sinais que mostram que o bebé se encontra bem alimentado e, por isso, está a crescer bem. Entre eles:

  • Permanece tranquilo e alerta durante a maior parte do dia.
  • Alimenta-se pelo menos 8 a 10 vezes em 24 horas.
  • Molha entre 6 a 8 fraldas em 24 horas.
  • Realiza entre 3 e 8 deposições em 24 horas (à medida que cresce, as deposições tornam-se menos frequentes),
  • Aumenta de peso a um ritmo constante.

Com respeito ao peso, é importante ter em atenção que às vezes o bebé não engorda com a rapidez que a mamã espera, e isto faz com que ela perca a confiança em si própria. No entanto, se o bebé aumenta um mínimo de 18 gramas por dia durante os primeiros seis meses, ou seja 540 gramas por mês, não há motivos para se preocupar. Por outro lado, é preciso não esquecer que na primeira semana de vida o recém-nascido perde até 10 por cento do peso com que nasce.

Bebés que recusam o peito

Nos primeiros dias a seguir ao parto, o bebé pode mostrar-se preguiçoso para mamar. No entanto, isto não depende da alimentação, mas do tempo que ele e a sua mamã necessitam para se conhecerem. É possível que o bebé se negue a aproximar-se do peito ou que se solte rapidamente. Isto é normal e não deve preocupá-la. A primeira coisa a fazer é tranquilizá-lo e colocá-lo suavemente, na posição correcta; se começa a chorar ou recusa o peito, convém deixá-lo descansar e tentar novamente 10 ou 15 minutos depois. Mas nunca deve obrigar o bebé a segurar-se ao peito, nem sequer empurrar a sua cabecinha contra o peito. Outra possibilidade é dar-lhe leite materno extraído, com um copinho, até que consiga amamentar-se correctamente. Uma situação relativamente frequente é que o bebé se prenda ao peito mas por períodos breves. Mas não desespere! Mediante algumas medidas simples, é possível conseguir que o aleitamento se torne um êxito.

Se o bebé se prende ao peito mas o abandona rapidamente:

  • Adopte uma posição correcta "barriga com barriga", de maneira que o bebé não necessite de torcer o pescoço para mamar e possa respirar bem.
  • Evite mover-se enquanto o bebé se alimenta. Se o peito se desloca, o bebé terá dificuldades em segurar-se. Além disso, o leite pode fluir com demasiada força e engasgá-lo.
  • Não force o bebé a ficar preso para além de alguns minutos.
  • Não empurre a cabecinha nem o pressione de maneira que lhe cause dor. Se o bebé chora ou recusa o peito, convém tentar novamente depois de 10 ou 15 minutos, quando já se tiver acalmado.
  • Certifique-se de que o bebé não tem sono. O ideal é que se alimente nos momentos em que se encontra acordado e alerta. Se ainda assim não for possível mantê-lo ao peito, deverá proporcionar-lhe leite materno extraído, com uma colherinha ou conta-gotas (evite o biberão), até que consiga prender-se correctamente.
retirado de http://familia.sapo.pt/bebe/primeiros_dias/mae_ideal/825186.html

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