Hoje faleceu uma antiga amiga de família. Uma filha, uma mulher, uma mãe.
Embora fosse já esperado - já tinha uma certa idade e sofria de uma doença degenerativa - estes momentos de reencontro com a vida e em especial, com a morte, fazem-nos pensar...
Pessoa extremamente culta e determinada, disse-me no nosso último encontro - que foi quando conheceu a moyinha - "para não a deixar ser filha única". Que os irmãos puxam uns pelos outros e se forem criados para se entre-ajudarem facilitam o desenvolvimento de todos.
Costumavamos passar o Natal sempre juntos, até os filhos dela terem a sua própria família e a levarem a passar os Natal com eles... E foi engraçado ouvir, pela boca da filha dela no velório há bocado, que a recordação que ela tinha de mim era de ser sempre "efusiva" e de exclamar todos os anos ao abrir as prendas "Era mesmo isto que eu queria!" e que lhes dava gosto dar-me prendas porque a minha reacção era boa de se ver... :D Não sei se as minhas expectativas eram baixas, ou se as prendas eram mesmo boas, mas eu sentia-me realmente grata por aquilo que recebia, e a minha amiga tinha dedo para escolher prendas ;)
E isto fez-me recordar uma grande lição que muitas vezes esquecemos: a gratidão é algo que nos aquece a alma e nos faz apreciar mais o que temos, em detrimento do sentimento amargo de termos perdido algo ou não ter tido algo... A energia positiva da gratidão atrai energia positiva :)
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