sábado, 2 de abril de 2011

quase 25 meses

Havia tanto para dizer, mas infelizmente estou a passar por uma altura da minha vida que não tenho tempo para cá vir deixar as novidades. Aliás, nem tempo para passar com a minha filha, que todos os dias desabrocha mais um pouquinho e se queixa indirectamente das horas que passo longe dela. O seu comportamento está a mudar e por vezes está mais teimosa (ou segura de si), agressiva (expressiva) e choramingona (ok, não encontro uma perspectiva positiva para esta).
EStá mesmo na idade da macaquice: imita e absorve tudo o que vê e ouve, o que se por um lado é ternurento (diz obrigada, se faz favor, desculpa), por outro é exasperante. Tem tido contacto com crianças com temperamento e educação muito diferentes da dela e dou por mim a pensar onde é que ela aprendeu a dar palmadas em nós quando se irrita ou a tentar fechar as portas das divisões na nossa cara. Ainda há pouco viemos de uma festa de anos em que estavam 2 meninas com mais um ano que ela com comportamentos muito violentos: davam biqueiradas e chapadas nas paredes da casa e depois ameaçavam bater na Joana (penso que chegaram a bater-lhe 2 vezes, porque ela veio a correr a chorar ter comigo e com marcas vermelhas na cara). Foi a primeira vez que a vi recusar voltar a brincar com alguém, pelo menos durante algum tempo. DEpois quando me ofereci para ir com elas, lá aceitou e foi aí que vi o seu comportamento. Passado um bocado também ela estava às biqueiradas à parede, toda divertida... Depois decidiram pular do sofá e ela caiu e bateu com a cabeça no chão. Quando começou a chorar, houve logo uma das meninas que disse: "BEM FEITA! AGORA NÃO SALTAS MAIS!"... Fico triste porque tenho pena do clima em que aquela menina é criada. Mais de uma vez esta noite ouvi o pai a dizer-lhe para se portar bem senão levava uma palmada e para ela não gritar nem dizer disparates (ao que ela respondeu rindo e repetindo a frase "tenho porcaria na boca" em loop... Com certeza os pais fazem o melhor que podem e que acham o correcto, mas denoto que a menina já adoptou este comportamento por forma a chamar a atenção...
E agora qual é a solução? Escudar a minha filha deste tipo de comportamento para sempre? DEixá-la aprender por si e magoar-se às suas custas? Não quero limitar a sua interação com a miudagem, mas não gostava, agora que andamos à procura de infantários, que ela ficasse todo o dia com crianças com este tipo de comportamento.
Aliás, com crianças negligenciadas. Porque depois de lhes darmos um pouco de atenção, carinho e inventarmos brincadeiras para elas, elas tornaram-se dóceis e cooperativas umas com as outras...

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