sexta-feira, 31 de julho de 2009

Chucha ou dedo?

Outra questão relevante!
Nós optámos pelo dedo, mas não resistimos à chucha.

Os bebés já chucham no dedo dentro da barriga (como podem ver pela eco aqui ao lado). É algo que está sempre à mão (LOL: trocadilho!) e não é preciso esterilizar ou actualizar o tamanho!
Os bebés chucham (wherever!) para se alimentarem ou para se acalmarem. Quando um bebé começa a chuchar na mão pode querer dizer que está com fome (e nos primeiros meses deve-se sempre oferecer a mama) ou então que está nervoso e se está a auto-acalmar - aí deve-se oferecer a mama só para ter a certeza que não é fome - e se ele não quiser, tentar reduzir o estímulo que o está a enervar.
Um bebé que não sofre de "ataques de pânico" (estímulos fortes) frequentes muito provavelmente também não precisará de se auto-acalmar a um ponto tal que esteja sempre a chuchar e possa ferir ou deformar o dedo (ou gastar a chucha!).
Além disso, não faz sentido estarmos a oferecer (na maior parte das vezes, a obrigar) uma chucha a um bebé e uns anos mais tarde, privarmo-lo desse objecto a que se habituou, só porque já passou da idade...

Optámos pelo dedo por várias razões:
- a moyinha é bastante calma e não tem tendência para estar sempre a chuchar (pelo que o dedo servia bem e não ia deformar o palato)
- a moyinha não prefere nenhum dedo: serve a mão toda, qualquer um dos dedos, a fralda, etc. (pelo que não ia deformar nenhum dedo em particular)
- porque ela rejeitava a chucha (experimentámos 3 diferentes) e a todas fazia um ar de "ter chupado limão" quando lhas metia na boca...

Depois de duas semanas dela nascer, acabámos por experimentar a chucha:
- porque ainda não chuchava no dedo
- porque os meus mamilos "verdes" e doridos de recém-mamã não aguentavam estar sempre a ser chuchados (quando via que não era fome, fazia um "intervalo mamário" e dava-lhe a chucha)
- porque havia alturas em que não lhe podia dar peito (quando me ausentava ou quando ela ia no carro) e era preferível tentar a chucha a ouvi-la chorar desesperada.

Ela própria só a aceita durante um curto espaço de tempo. Depois, se não tiver o que quer, acaba por a deitar fora e continuar a reclamar/chorar. Geralmente se está com birrinhas de sono, despisto se é fome e depois ponho a chucha: é tiro e queda - dá uma ou duas chupadelas, adormece e larga a chucha. Se for fome não há chucha que aguente muito tempo: cospe-a, tira-a com a mão, etc.

Mesmo assim sempre considerámos a chucha como uma ajuda e não um "tapa-bocas". Optámos por só a dar após a amamentação estar bem estabelecida (uma vez para adormecer às 2 semanas e outra às 4 semanas e depois disso uma média de 2 a 3 vezes por semana por períodos não superiores a 10min). Qualquer chucha, independentemente do que o bonito folheto da farmácia disser, por mais anatómica que seja NÃO É IDÊNTICA AO VOSSO MAMILO!!!!! Nem os vossos 2 mamilos são idênticos, quanto mais uma coisa de plástico! Por isso tudo o que era chuchas, tetinas, mamilos de silicone ficaram à porta até a moyinha saber bem como mamar na maminha.
O facto de introduzirmos outros objectos na sua boquinha podem baralhar o bebé e fazer com que ele se engane a agarrar a maminha, prejudicando a pega e consequentemente, as chances de uma boa experiência de amamentação.

Li num artigo que os bebés precisam de chorar (Ok, ninguém está a dizer para os deixarem chorar sem ir ver o que se passa!), de palrar, de reclamar. De se fazerem ouvir. Se estamos sempre a "rolhá-los", que mensagem estamos a fazer passar? Como é que eles nos vão explicar o que têm? Mais, se os forçarmos a ter sempre um objecto na boca, agora vai ser uma chucha, mas e mais tarde, em que se transformará? Uma pastilha? Uma tampa de caneta? Um palito? Um cigarro?...

Do que tenho conseguido depreender vendo a moyinha e outros bebés com a idade dela que são "rolhados", ela começou a palrar e a rir mais cedo e é mais expressiva: já tem expressões para contentamento, para reclamar, para fome, para admiração, etc.

Estamos contentes com a nossa decisão e pensamos ter encontrado um bom meio-termo!

Artigos interessantes sobre o assunto aqui, aqui e aqui.

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