sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Ser Pai - Reportagem Gingko

"O parto é um momento muito doloroso. Felizmente, a mulher segura a mão do homem. Assim ele não sofre tanto", graceja o humorista francês Pierre Desproges. Não passa de um gracejo, mas reflecte a mudança dos tempos. A ansiedade da gravidez e as dores do nascimento já não são exclusivas das mulheres. Hoje os futuros pais são tão dedicados e interessados como as mães, e envolvem-se desde cedo nos cuidados do bebé. Mesmo antes do nascimento. Maria do Céu Santo, ginecologista e obstetra, a exercer num hospital público e em clínica privada, em Lisboa, autora do livro Amor Sem Limites, comprova a alteração de comportamentos: "Quando comecei a fazer clínica era raro o pai que vinha à consulta pré-gravidez ou mesmo durante a gravidez e no puerpério, após o nascimento do bebé. Agora é frequente virem à consulta de pré-concepção. E grande percentagem dos pais vem a todas as consultas". O nascimento não é, definitivamente, um assunto feminino.

Com a entrada da mulher no mercado de trabalho a vivência da maternidade alterou-se. Aos poucos o pai foi chamado a intervir em esferas que não eram da sua competência. Qualquer visão estereotipada do papel do pai e da mãe está ultrapassada. "Durante muito tempo tivemos a parentalidade distribuída. A mãe cuidava e o pai trabalhava para financiar a família", relembra Catarina Rivero, psicóloga e terapeuta familiar em Lisboa. Hoje os casais apostam cada vez mais na partilha de experiências, actividades e tomada de decisões. "Os dois elementos do casal trabalham como equipa. Ambos providenciam segurança e afecto, e ambos estão muito presentes no desenvolvimento socio-afectivo da criança", acrescenta a especialista.

LEIA A REPORTAGEM NA EDIÇÃO 19 DA GINGKO E CONHEÇA A HISTÓRIA DE QUATRO PAIS, APAIXONADOS PELOS SEUS FILHOS.

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