segunda-feira, 30 de maio de 2011

Teoria da "Ansiedade de separação"

Muitas vezes me perguntam:
- então ela ainda não dorme sozinha? / no quarto dela?
- então nunca passaste uma noite longe dela?
- ela esteve bem todo o dia. Agora que chegaste desata a choramingar e a chorar e a atirar com coisas ao chão.

Intuitivamente eu sempre soube o que era. Mas este artigo fantástico aborda o tema nos pontos fundamentais.
Os bebés precisam das mães/pais. Forçar uma separação indesejada não é natural para o bebé e pode tornar-se prejudicial.
Tentei sempre incluir a minha filha em todas as minhas actividades:
- no primeiro mês, fomos para o IST apresentar um poster numa conferência internacional
- no 6º mês viajámos para a Índia para eu apresentar uma comunicação num congresso internacional (confesso que aqui fui bastante criticada, para mais porque havia um surto de H1N1 na cidade para onde íamos na altura)
- ao 8º mês fomos para a apanha da azeitona: esteve muito bem a brincar e a comer
- aos 15 meses fomos para a Figueira da Foz para eu participar numa conferência internacional
- aos 18 meses fomos à Rússia para que eu participasse noutra conferência internacional
- aos 5 meses e aos 17 meses fomos passar 2 dias no Festival Andanças em S. Pedro do Sul (na primeira vez ficámos em casa de amigos e na segunda acampámos).
- desde os 9 meses que passeamos com ela de bicicleta (numa cadeirinha): vamos para a floresta, para a beira-rio, para a praia, para o jardim...
- desde a sua 1ª semana que vamos a restaurantes com ela (mas confesso que é uma experiência totalmente diferente de ir sem filhos ;))))

Não é difícil para mim estar com a minha filha. É-nos mais difícil estar separadas.
Tenho que agradecer ao meu marido, pais, sogros e padrinhos por me apoiarem nestas minhas decisões (pois embora vá com ela, levo sempre uma equipa de apoio).
Tentamos manter as coisas simples e com o mínimo de trabalho (e confesso que o facto de ela mamar e agora já estar desfraldada ajuda imenso), mas fora actividades de risco, é possível fazer quase tudo com ela.
O nosso maior obstáculo é a nossa incapacidade de pensar que somos capazes...
Pensem nisso.

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