Depois de uma semana a dormir no seu próprio quarto, hoje ela adormeceu sem ser à mama! Fizemos o ritual da noite: lavar os dentinhos, xixi, lavar o rabinho, e no quarto, ler a história de recortes com música instrumental baixinha (Rockabye Babies: Pink Floyd) na cama. Depois, de luzes apagadas, dei-lhe de mamar até ela querer e dissemos "Boa noite maminhas". Na penumbra contei-lhe a história que ela pediu: "A Bela e o Monstro". A meio da história já lhe notava a respiração pesada e calei-me mas ouvi: "o que estás a fazer mamã?". Então continuei a história, sentada no chão ao lado da cama, com a cabeça apoiada na almofada ao lado dela. Quando terminei demos um beijinho e eu disse que tinha que ir à w.c. e para ela ficar ali a dormir. Ela respondeu "está bem" e virou-se para o lado!
Acho que foi a altura certa para esta mudança, mas algo me faz sentir que já o devia ter feito há algum tempo... Deixei que houvesse muitas batalhas e algumas lágrimas e tempo perdido durante as nossas noites. e se tivesse sabido de algumas técnicas tê-las ia posto em prática há mais tempo (vou passar a citar alguns trechos do livro da Elisabeth Pantley aqui no blog que podem ajudar alguma mamã)... Isso e não me sentir culpada por o fazer: nunca recusei nada à minha filha, e não estou nada arrependida de ter praticado (e ainda praticar) co-sleeping e amamentação nocturna, mas durante bastante tempo privei-me de noites de sono mais descansadas, especialmente numa altura da minha vida profissional que me teria dado jeito mais autonomia... No entanto estou certa que ela cresceu mais segura e carinhosa com a minha entrega e isso não tem preço...
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