sábado, 3 de março de 2012

Sobre as relações de parceria

Quando assumimos um compromisso de Vida com alguém, seja por matrimónio ou simples compromisso, há geralmente expectativas associadas e necessidades de ambas as partes. O Amor que existe entre ambas as partes pode ser dividido em várias componentes, que se vão alterando ao longo do tempo, umas vão subindo na nossa importância e outras vão descendo.
A constante manutenção desse equilíbrio entre essas componentes é muito importante para uma relação. A sinceridade, o respeito, a honestidade, as demonstrações de carinho, são válvulas de escape para as tensões na relação e ajudam a manter esse equilíbrio.
Por vezes não é muito fácil falar; e outras vezes não é fácil estar calado... Mas aí também cabe ao par, saber intuitivamente quando o fazer, para mostrar as suas necessidades individuais para que possam manter-se numa parceria saudável. Todos passamos por crises existenciais e relacionais, mas a forma como lidamos com elas é que é importante na continuação (ou não) de uma relação.
É preciso muita empatia, não deixar de ter momentos a 2 (especialmente quando os nossos filhos já não são tão dependentes de nós) e até, leituras, partilhas e quiçá, terapia conjugal. Se houver Amor, se houver vontade de alterar o estado da situação para melhor, ambos devem fazer um esforço (mas sem esperar isso do outro).
Os momentos de tensão conjugal podem servir - se os deixarmos - para crescermos como pessoas, para percebermos ciclos re reacção de que não conseguimos sair, e para avaliarmos - constantemente - o que é importante para nós.

Deixo alguns recursos que me ajudaram ou que me foram sugeridos:
- Passionate Marriages (livro)
- The sex starved marriage (livro)
- How to improve your marriage without talking about it (livro)
- The 5 Love Languages (livro)
e site: http://www.5lovelanguages.com/ (tem um quiz muito interessante para cada parceiro perceber qual a forma de amor que valoriza mais, o que pode ser importante para o parceiro saber/reconhecer, pois pode estar a dar muito Amor mas na forma que o parceiro não aceita/reconhece)
- http://sandradodd.com
- Exercício para cada parceiro: fazer 3 listas: 1) daquilo que observamos e sentimos que a) gostamos e b) não gostamos nas acções do nosso parceiro (sentir gratidão por todas as coisas boas que o nosso parceiro traz à nossa vida); 2) das nossas necessidades individuais na relação (aquilo que precisávamos ou gostávamos que acontecesse): às vezes os nossos pedidos não são claros e o parceiro não corresponde porque não os percebe; 3) aquilo que nós achamos que podemos fazer - sem pedir nada em troca - para demonstrar o nosso Amor e empatia para com o nosso parceiro. Depois convém conversarem sobre as listas elaboradas e ver o que pode ou não pode ser alterado na forma de estarem juntos.
- Fomentar mais momentos de toque, a dois: massagens, aninharem-se para ver um filme ou ler um livro
- Ouvir o parceiro, sem reservas

[Agradeço à Cláudia, à Natália e à Cátia por toda a ajuda e recursos e ouvidos que me deram numa fase em que precisei muito deles.]

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