segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Desmame

Oiço muitas pessoas e já li muitos artigos sobre amamentação. Mas pouco se ouve ou explica sobre como se processa (ou deve processar) o desmame (é o processo - e não um evento - que começa desde que o bebé ingere algo que não é leite materno, até deixar de o fazer por completo).
Encontrei este artigo que me surpreendeu pela positiva, embora pareça distorcer informação (indica o tempo aconselhado pelo MS para amamentação exclusiva - 6 meses - logo após uma frase sobre desmame) e omite parte da informação (não diz que a OMS recomenda a amamentação como complemento de outros alimentos no mínimo até aos 2 anos).
Aqui encontrei um artigo interessante que expõe várias teorias sobre a amamentação e alternativas para proceder ao desmame. O seu enfoque é que os estudos até agora realizados mostram que o desmame natural é o menos agressivo para criança e mãe e pode ocorrer entre os 2,5 e os 7 anos.
Esta mãe (Kellymom) tem uma base de dados online com montes de informação fundamentada sobre o desmame (e outros assuntos relativos à maternidade). Num dos artigos, ela refere que é um mito dizer que o leite materno deixa de ter benefícios na alimentação do bebé ou saúde da mãe. Aliás, eles são mais duradouros e visíveis quanto mais tempo durar a amamentação. Entre os vários links que esta mãe tem para este e outro assunto, ela refere que há basicamente 4 formas de desmame:
- guiado pela criança (em que é a criança, quando se sente preparada, que escolhe não mamar mais)
- guiado pela mãe:
. súbito (parar de amamentar por completo de uma hora para a outra): pode ter complicações fisiológicas e psicológicas para a mãe e bebé.
. gradual (ir gradualmente retirando as mamadas)
. parcial (não é bem um desmame, mas mais a eliminação de uma ou mais mamadas por dia, mantendo as outras).

Razões pelas quais NÃO é necessário desmamar:
- surgimento de dentes (mesmo que haja uma ou outra mordidela ocasional, o bebé sabe ou pode ser rapidamente ensinado que a mama é para sugar e não para morder)
- nova gravidez (para uma mulher com uma alimentação normal, não há qualquer problema em continuar a amamentar)
- intervenções cirúrgicas ou administração de fármacos: perguntar ao médico se há fármacos compatíveis com a amamentação e se não houver, a amamentação pode ser interrompida pelo tempo que for necessário (a mulher pode extrair leite com a bomba e deitá-lo fora, apenas para manter a produção) para retomar a amamentação assim que for possível, se o bebé ainda o desejar.

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